Hello Beautiful - Ann Napolitano
Quem quer ler mais uma review acerca de "Hello Beautiful" (ou, na tradução portuguesa, "Olá Linda")?
Não existem grandes questões acerca da popularidade deste livro - tem andado pelas bocas do mundo e sinto que já toda a gente o leu. É seguro dizer que andava também eu em pulgas para o ler e as expetativas estavam lá em cima. Li-o nas férias e, por isso, consegui estar focada ao máximo e ser absorvida pela história.
A família Padavano é constituída por quatro irmãs e os seus pais. Julia é a mais velha e é a mais forte e ambiciosa de todas. Depois Sylvia, que é a romântica do grupo. Por fim, temos as gémeas Emeline e Cecilia, a primeira que é o bom senso e a segunda que é a irmã artística. Estas irmãs são tão próximas que vêm quase como um set.
Logo de início, é acolhido pela família o namorado de Julia, William. William cresceu num meio disfuncional e, desde muito novo, direciona toda a sua energia para o desporto, o único sítio onde se sente pleno e confortável. Fica inserido num ambiente de solidariedade, compreensão e afeto que todos os membros da família partilham. Começa assim o enredo deste livro, onde acompanhamos as vidas de todas as personagens desde os anos 60 até 2008.
“You’re depressed, not crazy. It’s not insane to be depressed in this world. It’s more sane than being happy. I never trust those upbeat individuals who grin no matter what’s going on. Those are the ones with a screw loose, if you ask me.”
Para quem, como eu, gosta de um bom drama familiar, vai encontrar aqui uma excelente história. Ann Napolitano conseguiu, ao longo destas 400 páginas, desenvolver e aprofundar cada personagem, com os seus diferentes traços de personalidade que as distinguem na maneira como lidam com as frustrações e desilusões da vida.
No entanto, não é só isso que faz deste um bom livro, mas também a forma como está muitas vezes carregado de um ambiente pesado e as decisões são tomadas de forma tão realística, que fazem com que de uma maneira ou de outra, o leitor se sinta conectado e capaz de associar alguns acontecimentos a si próprio e à sua família.